domingo, 17 de outubro de 2010

Bichos: porque tê-los?

Pode ser gato, cachorro, papagaio, peixe, periquito. Não importa. Conviver com um animal de estimação é um ensaio para lidar com a vida.

As 10 razões definitivas para você ter um amigo de estimação
Mamãe, papai e Totó... Segundo o veterinário Marty Becker, autor do livro O Poder Curativo dos Bichos (Ed. Bertrand Brasil), no vocabulário inicial infantil, cachorro e gato estão no mesmo nível de papai e mamãe – portanto, se o seu filho falou “au-au” primeiro que “mamá”, não precisa entrar em crise. E tem mais: entre as primeiras 50 palavras que uma criança diz, sete referem-se a animais de estimação. De onde será que vem toda essa magia que une pessoas e animais? Ora, ora, diante de tantos benefícios que eles trazem à nossa vida, fica fácil descobrir. Veja só: ter um bicho...
Aumenta o senso de responsabilidade
Eles são fofos e estão sempre prontos para brincar, mas precisam de cuidados. É bom que você saiba que essa parte vai ficar com você, mas dá para combinar que seu filho será responsável por algumas tarefas – as mais legais e divertidas –, como a troca de água e as brincadeiras diárias, por exemplo. Até ele se acostumar, você terá de lembrá-lo, como deve fazer sempre para que lave as orelhas no banho. É assim que ele vai entender que, se não cumprir com a sua responsabilidade, o bicho poderá sofrer.
Facilita a socialização
A companhia de um animal dá à criança a oportunidade de ensaiar para o contato com as pessoas e a gente não está falando aqui de tratar bicho feito gente. Juntos, eles aprenderão a respeitar o espaço um do outro. Enquanto o bicho estiver dormindo ou comendo, é fundamental que você ensine seu filho a deixá-lo quieto, caso contrário ele pode ficar nervoso. Afinal, quem não ficaria se fosse cutucado no melhor do cochilo? Se a criança for contrariada pelo pet, pode ser uma boa maneira de aprender a lidar com frustrações. Durante um passeio, muitas pessoas vão se aproximar para fazer carinho. Cachorro com criança, então, é combinar dois fatores atrativos enormes para começar um papo no parque. E seu filho vai interagir, você vai ver!
Fortalece o sistema imunológico
Não faltam pesquisas para provar o quanto essa informação é verdadeira. Um levantamento de estudos feito por pesquisadores do departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP) confirma a melhora da imunidade de bebês e crianças. Segundo os cientistas, a companhia de um animal reduz as chances de desenvolver resfriados, problemas estomacais e dores de cabeça. Tudo isso acontece só de acariciar um bicho. Os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, aumentam, fortalecendo o sistema imunológico. Saúde à base de carinho. Em outro estudo, cientistas da Universidade Warwick, na Grã-Bretanha, afirmaram que crianças se recuperam mais rápido de doenças rotineiras quando têm um pet em casa.
Previne alergias
Sim, é verdade! Um exemplo clássico são os bebês que vão para a creche muito cedo. Eles ficam mais gripados ou têm mais infecções de garganta. Mas, por outro lado, o organismo desenvolve um processo imunológico que, mais tarde, reagirá melhor ao entrar em contato com esses fatores. Com a alergia é a mesma coisa. Se o seu filho tiver contato com o animal desde pequeno, o organismo passará a tolerar mais as reações alérgicas. Um estudo coordenado por Joachim Heinrich, cientista do Instituto de Epidemiologia de Munique, na Alemanha, comprovou a informação. Na pesquisa, 3 mil crianças foram monitoradas desde o nascimento até os 6 anos. Eyames de sangue mostraram que aquelas que conviviam com cachorro dentro de casa apresentavam menos risco de desenvolver sensibilidade a pelos, pólen, poeira e outros agentes alergênicos inaláveis do que crianças sem cães.
Trabalha a autoestima
Quando percebe que o animal não precisa ser perfeito para ser amado – mesmo se é um cachorro que baba em tudo, ou um gato caçador que traz insetos de brinde para o dono –, a criança ganha mais um espaço para exercitar seus sentimentos. Assim, fica fácil para ela aceitar melhor seus erros e entender que sempre será amada pelos pais e pela família. No contato com os bichos, elas deixam os medos e as dificuldades de lado e dão risada, relaxam e se tornam mais tolerantes.
Torna seu filho mais inteligente
Uma pesquisa feita pelo norte-americano Robert Poresky, professor de desenvolvimento humano e estudos de família da Universidade Estadual do Kansas, mostra que as crianças que têm um pet possuem um desenvolvimento cognitivo, social e motor superior à média. Outro estudo norte-americano, dessa vez da Universidade Davis School de Medicina Veterinária, mostrou que os cães podem ajudar no aprendizado da leitura. Faz todo sentido. Quando estão aprendendo coisas novas, em especial na etapa de alfabetização, é fundamental que as crianças tenham alguém amoroso ao lado, que não olhe feio se errarem. E o máximo que o cachorro pode fazer é abanar o rabo ou comer um pedaço do livro para dar uma animada na brincadeira.
Desenvolve a capacidade afetiva
A companhia de um bicho mexe com o emocional, principalmente na infância, e faz nascer e crescer novos sentimentos. Cumplicidade, amizade, respeito, paciência e amor, do jeito mais sincero possível, e de ambas as partes.
Reduz o estresse
Um animal de estimação faz (muito) bem ao coração também. Enquanto abraça, brinca e acaricia o pet, o organismo diminui os índices de cortisol, hormônio do estresse, e aumenta os de serotonina, substância responsável pela sensação de bem estar. Resultado: menos tensões, pressão controlada e menor risco de sofrer problemas cardiovasculares. E antes que você pense: “Socorro, meu filho tem tudo isso?”, acalme-se. São mesmo coisas de adulto, mas que podem ser prevenidas desde bem cedo, o que não é nada mal.
Incentiva a fazer exercícios
Se o seu filho já tem mais de 5 anos, levar o cachorro para passear vai ser um dos pontos altos dessa companhia. Além de ser a desculpa que você precisava para tirar ele da frente da TV e exercitar mais do que os polegares no joystick. Uma pesquisa da St. George’s University, de Londres, Inglaterra, mostrou que nas famílias com cão as crianças dão 4% mais passos diariamente e os adultos 25%(!) a mais do que nas que não têm um bicho. Ou seja: é bom para todos em casa se mexerem mais e ficar mais saudáveis.
Ensina sobre a morte
Muitas vezes, o contato com o animal é a experiência mais próxima da natureza que a criança vive. Quando o bicho morre, ela passa pelo luto e é capaz de entender o ciclo da vida. Aproveite esse momento para conversar sobre a morte. A melhor maneira de seu filho entender é explicar de uma maneira simples. Fale a verdade, mas na hora de responder sobre a tradicional pergunta: “Para onde ele foi?”, você pode usar a criatividade. Muitas acham que o pet virou uma estrela ou que foi para o céu... Nessa hora, o simbolismo é fundamental porque a criança vai entender o que aconteceu à maneira dela.

REVISTA CRESCER
Bruna Menegueço, Cíntia Marcucci e Fernanda Carpegiani


Grupo Salvando Vidas - Protetores Independentes/Brasília
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